quinta-feira, 25 de agosto de 2011

MEMÓRIAS DA INFÂNCIA - HOJE DO CHICO MANUEL

OS JOGOS DE OUTRORA

Sintonizado no canal Memória, no qual nos é dado relembrar certos programa que nos trazem um misto de boas recordações a par de outros que nos permitem lembrar vultos de grande envergadura como VITORINO NEMÉSIO, GIACOMETI, PEDRO HOMEM DE MELO, ANTÒNIO PEDRO, AMÀLIA, VILARETT e tantos outros, ocorreu-me deixar aqui, para avivar a memória de uns tantos e dar a conhecer a outros, os JOGOS que marcaram a minha infância.

Relembro o jogo do pião, do arco, do botão, jogos que fizeram parte da infância de todos nós. No entanto havia “brincadeiras”, que se praticavam na minha região, e que pelas muitas localidades que calcorreei não vi nada semelhante.

A “ABELHARDA”:
A abelharda, propriamente dita consistia num pau com cerca de 20 centímetros, com dois bicos na ponta. Era desenhado um círculo no chão, no qual se colocava um “jogador”, munido de um outro pau de dimensões superiores, a que se dava o nome de “pateira”. Com a pateira batia-se na abelharda no intuito de a afastar o mais longe possível. Se o adversário conseguisse introduzir a abelharda no círculo defendido pelo outro jogador, tomava o lugar deste, e este por sua vez teria de ir busca-lo às costas ( “cavalitas”) desde o local onde tivesse sido arremessada a abelharda. Caso contrário teria direito a três pancadas na mesma (daí os bicos) e seria o outro a carregar o fardo.
Uma outra modalidade de jogar à abelharda era colocar esta em cima de duas pedras, levantá-la com a pateira e bater-lhe para a afastar o mais longe possível. Ganhava o que o fizesse melhor, sendo o castigo para o mais fraco servir de burro ao mais forte.

“CHICA LAFAVA”
Constituíam-se dois grupos, normalmente de seis unidades cada. Tirava-se “à sorte” quem ficava por baixo, e quais os que tinham direito a saltar. Encostado a uma parede, com a cara voltada para a mesma ficava o “base” (normalmente o mais forte), depois os outros agarravam o primeiro pela cintura e postavam-se de espinha dobrada, de modo a fazer “sela”. A finalidade do jogo era saltarem para as costas dos que faziam de “burro”, e aí se manterem de mãos no ar. Duas hipóteses podiam suceder: se caíam os que estavam por cima, passavam a ficar por baixo, se os que estavam a “carregar” não aguentavam o peso, gritavam “mosca” e continuavam na mesma posição.

ENTERA
É frequente ver-se nos treinos dos atletas:  Um dobra o dorso e o outro formula o salto. A tal prática dava o nome de “entera”, e obedecia a certas regras.
Eis alguns exemplos:
1º) À caganeira- o salto e executado pelo menos a um metro de distancia.
2º) À cata tumba – saltar só apoiado numa mão.
3º) Ao cruzeiro – Após executar o salto ficar de pernas cruzadas
4º) Ao raio que te parta – deixar uma pedra no dorso e bater nas costas com força.
5º) Ao pisco – bater com o calcanhar nas nádegas sobre quem se salta.
6º) Manel da rola tira o cavalo da chuva – tentar desviar o que está por baixo, na altura do salto, obrigando-o pelo menos a dar um passo.
8º) No rabo um carolo e na cabeça um biscoito – A posição do “burro” mudava, ficando na longitudinal e quando era formulado o salto era obrigatório dar no ar um pontapé no rabo e um carolo na cabeça.
Havia mais itens, só que não me ocorrem. Ficava grato se os lembrassem nos comentários.

TAROULO
Tinha local próprio para ser jogado: o Touril.
Faziam-se tantos buracos quantos os jogadores. Arredondava-se um talo de couve (quanto mais duro melhor). A finalidade era enfiar o talo da couve num dos buracos, e a quem pertencesse teria que atingir um adversária com o referido talo, Se o conseguisse o castigo era uma pedra no buraco do atingido que quando perfizesse cinco pedras era castigado transportando todos os outros “as cavalitas”.
Será que as crianças ainda brincam?
Terão desaparecido estas brincadeiras?
Será que o PC , a TV, a Playstation, os MP3 a Nitend poderão suBstituir estes jogos?










2 comentários:

Anónimo disse...

Bom tema para uma rodinha de conversa, incluindo bons amigos que passando por tais situações, podiam esplanar cada um á sua maneira, os bons tempos passados em determinados momentos das nossas vidas e dá-los a conhecer aos mais novos.
Continuem, recordando ... JPBR

Anónimo disse...

Alto lá com o TAROULO...
é que um dia, estando a jogar é claro, falhei e apanhei com ele na cabecinha.
E sabem quem o atirou? o "Buga".
Porra???

Abraços para todos

Tói da Dadinha